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Quais os novos desafios dos profissionais de gastronomia em um mercado cada vez mais tecnológico?

  • Foto do escritor: Editorial Revista Bonapetit
    Editorial Revista Bonapetit
  • 23 de jun.
  • 2 min de leitura

A gastronomia está em plena ebulição — não apenas nas panelas, mas também nas transformações profundas que atravessam suas cozinhas, restaurantes e mercados. Em meio à digitalização do mundo, os profissionais da área enfrentam um cenário onde o sabor continua sendo essencial, mas já não é mais suficiente por si só.

A tecnologia, que antes parecia um acessório distante da arte culinária, hoje se tornou protagonista. De sistemas inteligentes que controlam estoques em tempo real a algoritmos que preveem tendências de paladar, passando por robôs que replicam receitas com precisão cirúrgica, a modernidade chegou para mexer no caldo — e está exigindo mais do que nunca de chefs, cozinheiros, confeiteiros e gestores gastronômicos.

Mas quais são, de fato, os novos desafios?


1. Humanizar em meio à automação:Se a máquina executa com perfeição, cabe ao profissional devolver a alma ao prato. A conexão com o cliente, a história por trás do ingrediente, o cuidado na experiência — tudo isso se tornou diferencial competitivo. O sabor agora precisa vir com afeto, com propósito, com narrativa.


2. Aprender continuamente:A formação técnica já não basta. Hoje, o chef precisa entender de redes sociais, delivery digitalizado, marketing gastronômico, inteligência artificial aplicada à cozinha e até NFTs de receitas autorais. É o cozinheiro que também edita vídeos, responde avaliações online e lidera equipes multiculturais conectadas por aplicativos.


3. Sustentabilidade tecnológica:Não basta ser moderno — é preciso ser responsável. A pressão por práticas sustentáveis cresce, e o profissional deve saber integrar inovação e consciência ambiental. Impressoras 3D de comida? Sim. Mas com ingredientes locais e menor desperdício.


4. Identidade em tempos de tendência:Com algoritmos ditando o que é “instagramável”, surge o risco de perder a essência. A originalidade e a memória afetiva da gastronomia não podem ser engolidas pelo hype. O desafio é manter a raiz, enquanto se dialoga com o futuro.


Estamos diante de uma revolução silenciosa, mas saborosa. O profissional de gastronomia que vai se destacar não será aquele que apenas domina técnicas refinadas, mas sim o que consegue unir tradição e tecnologia, arte e dados, mãos calejadas e mente aberta.

A boa notícia? O ingrediente principal dessa nova era ainda é humano: a paixão. E disso, os verdadeiros amantes da gastronomia nunca abriram mão.


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